Acontecer até o fim. Nunca sei se estamos falando de amor ou de uma reação química; consumir a relação por inteiro, dissolver as marcas um do outro, um no outro, levando em conta a estapafúrdia idéia de que amor ocorre em casais, como é estapafúrdia a idéia de uma reação química acontecer aos pares, feito Hélio e Carbono. Acontecer até o fim demanda coisas demais, laços demasiados, cortejos e enlaces, ensaios e mais ensaios antes de sabermos qual foi a que valeu, qual lance de dados fez as vezes de realidade, lembrando a golpes de martelo que sempre sobra algo, que o real escorre as formas deixando as pontas soltas correndo dependuradas do lado de fora da porta do carro. Realidade? Não conheço imagem melhor do que o nariz escorrer até o fim, frase que não faz sentido algum e justamente por isso, c.q.d..
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Filosofia numa cacetada só (ou duas, vai), vol. 08
Com o canto dos lábios perto do nariz
Já me disseram. Minha sombra está pequena. Não se move mais, não cresce, não estica sob a força do crepúsculo, não se espreguiça em momento algum da alvorada. Segue meus passos inteiriça e condensada nos movimentos pequenos e sintópicos, produzindo a forma bizarra de uma simetria especular desagradável. Minúscula assim, em um eterno sol a pino, o movimento dança o longo meio-dia. Uma japonesa pudica rindo contraída, dentre as faixas de um kimono cerimonial, de uma piada boa.
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Refrator de Curvelo (na foto do perfilado, restos da reunião dos Menos que Um)
às
05:53
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