quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Filosofia numa cacetada só (ou duas, vai), vol. 04



Bruno Latour



- Gobineau tinha razão. O Brasil não é um país sério. É só um coletivo de humanos e não-humanos.
- É verdade. Jamais fomos modernos.
- Mas não importa. Bola pra frente. Caiu no peixe, é rede.


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Da universalidade do ensino

Gosto de pensar hipóteses. São versões fracas, idéias nuazinhas em pêlo sofrendo exposição precoce. Dá um ar democrático para o autoritarismo da argumentação – inventaram a argumentação para-consistente? Mas, enfim, as versões fracas. Postulamos algo que não faz muito sentido, ou que ainda não tem amarras suficientes para que tudo se funde e seguimos no liame que, uma vez posto, parece dar conta do recado desde que não se pergunte sobre o ponto de partida. A hipótese é a de uma universidade que oferece cursos para lojas de esquina. Isso mesmo. Há uma ementa que define disciplinas sobre abordagem com filipetas na convocação de transeuntes (1 semestre), outra que ensina a ler o caderno de economia e consultar um economista para refletir sobre o impacto da liquidez de investimentos no preço que se pratica na folha de papel (2 semestres; pré-requisito em noções de economia macro-econômica, com ênfase em taxa de juros e balança comercial); aliciamento familiar produtivo (3 semestres); sociologia do comércio de esquina (onde se lê o clássico Street corner society, de William Foote-White) – disciplina que oferece IC* em sociologia do boteco, com estudos aprofundados das pesquisa de Sidney Chalhoub e Luiz Antônio Machado; contabilidade 1 e 2 (2 semestres) e noções práticas de loja de esquina, com vivências e auto-avaliação.

Em um dia de calor de verão precoce, com os ânimos chamuscados pelo marasmo da falta de vento, a molecada fica com as partes pudentas suadas, cheias de excitações revoltosas. Daí, num assanhamento de um primeiro, o segundo solta os podres, fazendo da genitália uma hélice enlouquecida, correndo pelas rampas por baixo das quais se vêem as calcinhas das meninas de saiote – dias de calor, ora pois; ao sul do equador, muitas coisas permitidas. Ninguém entende nada, e como era de se esperar chega a polícia. Antes Tarde do que nunca, e a polícia também. E a história fica absurda aqui. Aqui?

Faculdade de Turismo!!!! Não há forma de preservar uma instituição universitária, mesmo expulsando uma devassa imaginária, uma vez que se funda uma faculdade de turismo. Sim. Esta é uma alegoria para a hipótese de a Uniban ser uma universidade.


*Iniciação Científica

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nota "fúnebre": e morreu Claude Lévi-Strauss.

E morreu coisa nenhuma, o velho feiticeiro, prestidigitador, esvaziador de humanismos, matador de contendores. Gente feito ele não morre. Migra. Vai para recantos que não ousou adiantar o caminho por não haver preparo para seguidores possíveis. Discreto, avesso à própria biografia, contava só o que a palavra dizia de forma clara e distinta, mesmo que em cada frase coubesse uma franja a mais para o descontentamento com a semântica aprisionada. O positivismo roído desde dentro. O cara construiu uma máquina tradutora de casamentos (As estruturas elementares do parentesco), outra de intermímese mitológica comparada (As mitológicas, maiores e menores), além de um devaneio no povoado do real aprofundado num paisinho triste mesmo, tão triste que finge carnaval para se suportar - não entabula uma conversa conseqüente sem entrar no desespero profundo.


O velho feiticeiro enterrou todos seus contendores, ferindo-os de morte com o silêncio dos 'sem-resposta-pois-a-resposta-já-dei-antes-da-réplica-e-você-não-entendeu-nada', arte ensinada pelo velho amigo de Borges, Roger Caillois, inimigo que quase o matou com uma flecha espiritual (a última lançada pelos surrealistas antes de o sobrevôo sobre o real poder ser alugada para passeios turísticos). Deixou um Marshall Sahlins cardíaco e de sobreaviso:



"As mitológicas já estão feitas, meu caro. Não adianta."




Cabe aos que ficaram a tarefa mais difícil, a de agüentar o peso. E é melhor nem falar muito o nome do cara. Vai que ele volta, aumenta a carga e vai de novo, deixando aquilo tudo pra gente carregar adiante.


E olha que estou falando só sobre o sujeito da calça jeans. Imagina se fosse sobre o antropólgo estruturalista - num passeio surrestruturalista?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Hjman

Há forças em sair do lugar e forças em ficar. Nelas se enervam todos os desdobramentos do filho pródigo, inclusive as tramas que não podem ser escritas para toda revelação. Há forças em ir e ficar, mas não são compatíveis e nisso há uma lição indispensável. É a fome indisposta com a epidemia que, no entanto acontecem ambas. Ao ir perde-se a família e o familiar, e a mais tola reminiscência da rotina é pura investigação e tocaia. Ao ficar tudo é família, mesmo a mais sórdida interrupção assume ares de velha história. Há quem more lá, há para quem por quem se passa é que a morada funda. Nascem o vagabundo e o artífice da vila.

“Estrangeiro rouba nosso trabalho.”
“Vilarejo que interrompe passagem.”
“Veio para roubar nossas crianças.”
“Veja como maltratam suas crianças”
“Come do nosso pão e se vai antes de plantar o trigo.”
“Calculam o peso da farinha para deixar estragar por estratégia.”
“Amaldiçoado!”
“Bem-dita! Estava cansado. Cheguei! Trago na testa os caminhos de lá até aqui. Não te conheci, jovem, mas passei por aqui mais de 10 vezes. Nunca cheguei da mesma viagem. Mas sempre me sento aqui, em frente a esta padaria que, salvo morte ou peste, abriga as mesmas almas que se desprendem de água e pão para recompor meu bom-humor e minhas forças. Há histórias que tenho que contar a Hjman. Ainda mora aí?”
“Toda sua vida.”
“Este capítulo eu sei. Digo, pergunto se ainda é vivo. Mas isto respondeu sem querer.”
“Quem é o senhor?”
“Hjman. Também.”

Das definições de vagabundo todas estão embalsamadas nas páginas de livros pesados que viajantes não levam e, quando leves os dicionários, não carregam nada mais que a versão corrente. Que corra é bom, mas é curta demais e não preserva as histórias que um vagabundo deve saber contar para levar adiante esta tradição, em sentido forte. Há versões de andarilho, preguiçoso, traiçoeiro, sanguessuga, nômade, cigano, pobre, estranho, estrangeiro, iconoclasta, sombra-noturna, escapa-jegue, camelô e (há um nome antigo para vendedor ambulante ao qual não me recordo e que deve figurar aqui nesta passagem entre parênteses; aqui jaz um lapso).

Nada há na vagabundagem qualquer oposição à morada. O mesmo não pode ser dito com relação à Lei.

sábado, 17 de outubro de 2009

Nota meteorológica e notícias de trânsito

- Dois dias atrás pareceu chuva, isto é, que choveria. Ou que seria chuva. Todos molhados nos sapatos, cobrindo o penteado, encolhidos dentro das roupas, remoendo o frio que parecia fazer. Até alguma correria visando marquises e aconchegos em bares e cafés ocorreu, impedindo a passagem nas portas das lojas, o que aos poucos foi parando tudo. Dos pés plasmados nos chãos de grife o fio d´água ligava por caminhos escorridos as borrachas das solas e dos pneus, um e outro parados também. Isso porque parecia chover. Ontem foi pior. Ontem choveu.


- Dois caminhões passavam na ponte Rio-Niterói quando, em meio à neblina, a ponte perdeu o caminho e acabou em São Gonçalo-Meriti. Os motoristas asseguram que o ocorrido foi acidente e que não se encontravam alcoolizados. A secretaria de transportes estuda formas de resolver o problema uma vez que a incidência de transporte de vias de transporte, transe e transtorno afetivo de autopistas tiveram um aumento 45% maior neste ano. Só no mês de agosto 23.000 pessoas saíram de Copacabana com destino a Botafogo e tiveram que passar por Irajá por causa de situações de mal-estar de túnel ocasionada por efeito psicotrópico de emissão de 250 decibéis de monóxido de carbono por segundo. Neste momento a Av. Brasil flui bem, sem congestionamento ou congestão nasal, mas a Perimetral não apareceu, o que trouxe confusão para a vida do carioca neste 12 de outubro.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ando querendo desistir.
Não sei bem se isso diz o que disse.
Nada afirma um pé-ante-pé de caminhada e tampouco, caso fosse, rumaria para uma vontade ou mesmo a mesma. Querer desistir é fato mais honesto. Implica em parar. Mas andar querendo desistir só pode implicar em uma solução lógica.
Ando querendo parar.
De andar.

E
Ando parando de querer dizer.
Já disse.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Prévia, e preventiva: entrevista de Karina Biondi para o Correio, de Salvador

Mediante os sustos que o jornalismo nacional oferece ao seu público leitor, especialmente aos seus entrevistados, achei que por bem e pela delicadeza do tema eu deveria oferecer este espaço tramado com tanto desleixo a uma amiga que ainda não conheço. Esta afirmação eu não vou explicar.

Karina Biondi é antropóloga, bacharel em Ciências Sociais pela USP e mestre em Antropologia Social pela UFSCar, onde cursa seu doutorado. Publicou trabalhos sobre a organização política do PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi laureada com um prêmio de Direitos Humanos concedido pela Associação Brasileira de Antropologia e pela Fundação Ford em 2006. É dela a dissertação: “Junto e Misturado”, que consta na lista de materiais que estou lendo sem prazo de conclusão. De leitura. A publicação da entrevista neste blog lamentável serve de registro precavido diante das possibilidades de edição má fadada por parte do jornal responsável por sua elaboração e publicação - é o insondável futuro do corte da editoração. Eu, irresponsável, abro espaço para os chapas se defenderem e poderem, com rima, dizer que ‘não disseram aquilo que foi publicado’ e, ao mesmo tempo, mostrar o pau.

Esta iniciativa abre precedente. Mas só para quem for bacana, especialmente comigo. A coisa toda segue ipsis literis. Versa sobre os ataques do crime organizado em Salvador no feriadão do 07 de setembro neste 2009 cheio de voltas.



















"1- Faça, por favor, uma contextualização do surgimento do PCC em SãoPaulo. Em que condições econômicas e sociais eles surgiram? Foi a partirde uma necessidade de organização do crime?
A maioria dos relatos informam que o PCC teria surgido no ano de 1993, no interior da Casa de Custória e Tratamento de Taubaté, conhecida como uma das mais rígidas instituições penitenciárias existentes à época. Dentre os motivos de seu nascimento, os prisioneiros dizem que esta foi uma forma de se protegerem contra os maus tratos que diziam sofrer da equipe de funcionários da instituição, mas também de evitar que acontecimentos como o Massacre do Carandiru voltasse a acontecer. Com o tempo, o PCC passou a regular as relações entre os prisioneiros e sua atuação transbordou os muros das prisões para cobrir as áreas urbanas do Estado de São Paulo.
]














2- A ação do PCC se expandiu para outros estados e até além do Brasil? Aque se deu essa expansão? Com que objetivos?

Uma das medidas tomadas pelo poder público para combater o PCC foi a transferência para outros Estados brasileiros de prisioneiros que, à época, atuavam como lideranças. Esta medida parece ter tido um resultado inverso ao esperado, pois contribuiu para levar o PCC para fora de São Paulo. De fato, a proposta apresentada pelo PCC era sedutora: acabar com a "opressão" que os presos sofriam do Estado e regular as relações entre eles, evitando que tais "opressões" partissem deles próprios.
Não tenho notícias sobre sua atuação fora do Brasil, mas durante a mega-rebelião de 2006, das 84 instituições penitenciárias que se rebelaram, 10 estavam localizadas fora do Estado de São Paulo.













]

3- O PCC, hoje, é uma referência para outras organizações criminosas? Porque?

Em São Paulo, o PCC está presente em mais de 90% das instituições penitenciárias e é hegemônico nas regiões urbanas. Existem, contudo, outros comandos que disputam espaço com o PCC e lutam contra essa hegemonia. Não tenho informações sobre organizações fora do Estado de São Paulo.











]

4- Na Bahia, hoje, qual é a influência do PCC?






Os recentes acontecimentos em Salvador invocam à memória os "ataques de 2006" promovidos pelo PCC em São Paulo. Mas é apressado fazer essa relação direta. Seria necessária a realização de pesquisas acerca do crime na Bahia para poder oferecer qualquer informação esse sentido.












]

5- O PCC, hoje, ainda tem a figura de um líder ou é uma organizaçãodescentralizada?



O PCC deixou de ter uma estrutura hierárquica piramidal centrada na figura de um líder. Mais do que descentrado, eu diria que estamos diante de um comando (que eu evito chamar de organização) a-centrado.
]








6- faça uma apresentação sua (NOME, SOBRENOME, ESPECIALIZAÇÃO, ÁREA DE ATUAÇÃO, ETC);





Karina Biondi desenvolve pesquisa acerca do funcionamento do PCC desde 2004. Defendeu sua dissertação de mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos, e atualmente cursa doutorado. "

]








































É isso, moçada. Se sair certo, saiu. Se não, está aqui. Nada de mais. Espero que continue assim.








Esta foi mais uma intervenção urbana de Refrator de Curvelo, sempre pronto a atravessar à moda do Saci.

sábado, 5 de setembro de 2009

Quem disse que nada se cria? Gordon Cornframe does it.

Three little beaches, those bitches

Yesterday I came again.
I paid for it and

got foolled by illusion that there was,
I was too,
And was three. And me. As one.
And was a travel too, by two
years and a half, by my old Scotland
with ice and not.
But woke up with bubbles in my nose,
(sounds like those pubs,
even haired ones) that was stock around sea.

What rocks are is around here, where sand is glass.
And between stones
where water went through,
are the only beaches reachable by hands.




by Gordon Cornframe

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Direito de resposta concedido pelo STJPoNe

pela ocasião da peça publicitária do jornal Folha de São Paulo, a Refrator de Curvelo:

"Eu sou a sopa que caiu na sua mosca
eu sou a sopa, vim aqui pra lambuzar."

É só.

(STJPoNe - Supremo Tribunal de Justiça de Porra Nenhuma)

Em anexo o material ofensivo


http://www.youtube.com/watch?v=B_YIJD-wBMQ

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Amanhã começa daqui a pouco.
Gotejo de sono - e me lembro que preciso me vedar para não escorrer todo assim devagarinho. Mas lá vai. Queria medir o intermédio.
Não que seja grande coisa. Provavelmente não, ou nem provavelmente sequer. Talvez chato, irritante. Mas t'aí.
Nunca consegui ter clareza com o formato de amanhã, muito menos como um intervalo. É um lapso. Pior quando daqui a pouco. O horizonte menos horizontal de futuro que há. Fugaz sem a decência de uma utopia, sem o barulho da turba revolucionária ou a comoção hippie pós-Beatles que falou que o sonho acabou. Mas lá vai. Daqui a pouco. Daqui. Aqui mesmo. Daqui até ali, nesse pouquinho que falta, miséria desmedida, mistério pouco. E não vai até que foi. Isso é daqui a pouco. Não tem quando e é tempo. Amanhã na iminência é a forma acabada do inferno de pequenas causas, o destino sem chegada, acordar do sono ainda moleque, mas já na cama tendo estado no carro do pai antes do lapso à noite.
Lá vai.

Amanhã.

E persiste essa porra. Daqui a pouco é que fica pra trás, à frente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Filosofia numa cacetada só (ou duas, vai) vol. 3



Gilbert Ryle



'Knock, knock!'


'Who is there?'


'Gilbert Ryle!'


'Come inside'


'You know that this does not make any sense at all.'

domingo, 9 de agosto de 2009

Caro Primo Levi,

... a Phillip K. Dick-head in my dreams;

Quero premiar a radiotransmissão com louros e vitórias. Brindar pela conectividade e pelo sexo entre polinésios e arawaks. Pela aldeia global e outras formas de salvação pela eletricidade. Quero apertar as mãos da radiotransmissão e lhe dar um abraço fraterno, como na aldeia de verdade. Mas só quando for honrada e chegar ao topo, virar heroína cultural, ou personagem conceitual com fama de arquétipo. Mas ainda não dá. Ela fez muito pouco até agora. No caso da televisão, por exemplo. A televisão só liga. Ansioso, torço para que chegue o dia em que ela ligue-de-novo, com botão discriminado no painel. Aí sim veremos algo digno de reunião da tribo. Pois afinal, qual seria o limite de um radioreceptor que além de ligar, e além aqui tem um sentido muito forte, liga-de-novo? Sem haver desligado?



Mas ainda há tempo de mandar um salve para o senhor Simpson.


'Salve, senhor Simpson!'.


Mas ele ainda não nasceu e não posso abraçar por radiotransmitidos.





sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ah, se havaiano fosse um Georg Simmel...

Ouvi dizer nas letras que leio por hábito que o mar e o céu coincidem em ao menos uma linha, o que mais fortemente há quem faça por jogos sorrateiros entre constelações e movimentos ordinários. No marulho que persegue cada resvalar do vento, que impede ou impulsiona qualquer aproximação, é impossível deixar de considerar. “Nas estrelas está todo o passado, presente e futuro”, uma máxima que ora custa milhões, de dólares e de anos-luz. E pensar que eu queria escrever sobre o advento do rei-estrangeiro havaiano. Acabei falando, por carta, dos valores astronômicos que o capitalismo moderno não consegue deixar de praticar.

Que engraçado. Parece bom dizer que o céu e o mar coincidem na linha do horizonte.






(em homenagem ao quebradiço Querela)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Diálogo Sahlesiano



Filosofia numa cacetada só (ou duas, vai) vol. 2


Marshall Sahlins








-Todo soberano é usurpador.


-Tá. Descobriu o Brasil. E se tivesse descoberto o Havaí, ergueria o mastro, ficaria de pau-duro e explodiria a história após comer e ser comido por geral. Isso ou a antropologia cultural.


-Não entendi.


-Captain Cook(ed) neither.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Roll, Jordan, roll, or some other name that we miss

Na alvorada da tranqüilidade acerca dos novos mecanismos de controle de fluxo e movimento plácido, o controle das populações em há mais de um século de atividade, arrepio meus pêlos de gato escaldado. Como sacerdotes de uma teologia laica, e como se a houvesse, a máquina policial voraz devora com novos regimentos de controle e novos artigos que demandam a ampliação da tutela, com desdobramentos ilimitados dos dados positivos de ciência e estatística. Silenciosamente as camadas da epiderme, e que mal ou bem chamamos de vida social, redistribui-se em suas castas a partir do mito da democracia racial, cuja raiz mitológica segue igualmente silenciosa, ajeitando o sentido de cada ação à revelia das intenções mais particulares. E vice-versa. E assim a contenda se satisfaz com essa dose de silêncio mediador e de um quinhão impessoal que segura as pontas de um tapete. Como na cisão entre mundo e o celestial que, se num primeiro momento fazia a glória da purificação para depois ser sobrepujado pela utilidade dos britânicos, que é coisa mundana e suja, mas de valor de troca, finca as raízes do novo Estado na figura do Protesto. O tapete se dobra sobre si com uma textura imprópria, de fios brancos que é onde não se pode pisar sob pena de manchar. O começo e o fim se dão mãos na contenda seguindo a via do mito em que brancos e negros se convertem um no outro, nunca em mestiçagem, mas em polícia, fazendo correr aos poucos os ciganos, que teimam em singrar entre fronteiras sem nunca fingir que não as há. Mas desses povos de festejo e circulação mítica não se pode falar. Vivem em outro tempo e não querem entrar. No momento certo, nem puros e nem úteis, são os que estão só para morrer. E morrem, sem ninguém lembrar.

Mas há sempre velhos profetas, tocando banjo no delta do Mississipi, que se repetem indefinidamente até que outro alguém repita, fazendo calar a voz e rumar o vento. The greatest affirmative action that I´ve ever knew was took forward by the ol´ bastard Robert Johnson who assumed that the only thing that he could made with believing was confront all accusations and live inside them. So he went into a crossroad and made a pact with the devil, that was the devil itself, and realized that even being satanized and hated, he could mesmerize and seduce. All the beauty whites too. And for it after the devil´s spell all he was supposed to do was just to play good. But play good is not play for good. I laugh ´bout this guy every day, this lov´ly lil´ pagan. This is not much, I know. But this is all that I know. Livin´ here, in down Mississipi. Thank God we´re all christians now.












sábado, 20 de junho de 2009

Diagnóstico posto a público

Passei os últimos meses tossindo. Muito. Um pouco de sangue vez por outra, do que se seguiu um cisto atrás da orelha direita e problemas severos de disposição e sono. Fui ao hospital devido ao mal estar, já com muita febre e quase sem conseguir falar. Estou, por fim, desenganado. Estou pior que canceroso. Mal me ponho de pé, o que em casos mais urgentes, como usufruto do banheiro, vou quase de quatro. Envio a vós o raio-x de minha condição, meu adeus. Não sei o que será de mim.





quinta-feira, 18 de junho de 2009

é que parece engajamento

... parar enquanto fora hora de passar, seguir e então sento e cruzo as pernas, tiro a mochila das costas e escolho os motivos de parar, cruzar as pernas e carregar mochila para qualquer lugar, que eu não levo sanduíche, eu levo livros e sempre me pergunto se alguém se pergunta o que é que eu estou fazendo, mas sei que não é assim, que sou eu quem está passando ao lado de quem se sentou ao chão e que eu é que quero torcer o pescoço, ler o título identificar a edição e lembrar do tradutor daquele livraço, e não, não é livraço, é um livro de merda, e mal traduzido, e fico feliz que eu esteja carregando meus livros, e eu levo muitos para poder escolher, e pego este livro tão bem acabadinho, de fazer inveja, tão boa tradução, pouco comentada, e ninguém sabe o que se passa entre nós, ninguém pergunta, e estamos batendo de pau mole na cara de todo mundo, exibindo aqui o segredo mais bem guradado que há que continua o mais bem guardado do mundo, especialmente depois da Revolução Francesa que ensinou todo mundo a ler, ficou muito fácil transar em público no meio da multidão, porque é muito difícil se perguntar como crescem as flores se o jardim é caminho pro serviço.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Grande susto, caro romântico

Na verdade, quase uma epifania.


Nenhum hegeliano poderia imaginar, por mais poesia que tivesse! Ainda mais, e que susto levariam os românticos, os dignatários da religião da natureza, ou mesmo Shaftesbury, ao descobrirem que uma terra em grande parte tropical, devotada à volúpia das índias nuas, 500 anos depois, viria a ter ministérios e secretarias de transporte! Entenderiam mal, muito mal. Haveriam murmúrios, libelos, desmaios, salpicados talvez por uma idéia de necessidade civilizatória em pitadas. Assim como faria pouco sentido o que ouviriam nos haveres dos apelos e políticas para o transporte coletivo alternativo. Fico imaginando o horário oficial para o desmaio com tons histéricos e seus aparelhos públicos assim como os horários alternativos para aqueles que, por questões da política de populações, por prestarem socorro aos desmaios oficiais, só poderem sofrer transporte logo mais, ou às 14 ou às 21 horas.


Sintomático é que o parágrafo acima já quase não faz sentido. E se o faz é para internação, e não internalização.


É, Hegel... Nosso Estado de coisas.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Avareza e os Bonequinhos Articulados de Curar Gente

Diz-se amor à vida

do rumo tomado cheio de movimento

estripulias.

Não compor a mesa do repasto

com o diabo da régua

-as réguas sim, dão em árvores, como o dinheiro, sim-

e deixar a volúpia

contaminar os ossos da pélvis.

Há nisso um pouco de

uma bela coleção de carrinhos

e um pequeno original de Mondriand

que j´adore.


De outra forma, bastante diagonal e precisa,

pode-se igualmente dizer numa só palavra que

animado assim,


- só? -


se pode ser

selvagem.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Antes um Código Morse que um Código DaVinci


Com toda ambigüidade que a frase pode ter. Mas quero escrever com calma e coerência. Pode ser que signifique repassar e abandonar em lixeiras muito do que venha a ser disposto, hora ou outra. Mas repetir devoção ou simpatia por um código implica antes num antes. Em algo que proveio, que previria, que insurgiu como no relâmpago que antecede o braço fotografado no peito do rapaz:




Um garoto no meio do Pampa, em planícies de perder os olhos no horizonte, o que cega, se viu diante uma tempestade que se formava. Prosseguiu rumo ao umbu de adiante no qual escalou com previdência. Lá em cima, ao som das gotas, estirou o braço direito rumo a um ninho cheio de ovos. Fome. Com o braço esticado pôs-se a murmurar os dedos tentando não cair e sim, pegar os ovos. Com a seta do membro em riste, na diagonal extrema o ninho, foi de uma vez. Fulminado. Um raio o atravessou como a linha diagonal que marcava o ângulo do braço. Caiu da árvore com parte das roupas em fuligem. Foi encontrado vivo, respirando.
O flash do relâmpago, o ozônio e algo mais marcaram o peito do garoto com a fotografia do braço que, para além do ninho, apontava para sua origem. O braço. Fotografado no peito.


O raio antecede para fazer fotografia. Assim: antes um código Morse. E este é o primeiro sentido da frase. Primeiro, lembremos, significa que há antecedência. Este é o primeiro que antecipa outros sentidos. Pisamos no labirinto da coerência. Antes um código Morse. Primeiro, filho dileto, alvo de maior atenção. É ele quem cuida do filho segundo, especialmente nos momentos de socar a face e pôr os espaços da casa em trincheiras.
A simpatia? Esta vem de outras coisas. Coisas posteriores à antecipação. Quero dizer, a antecipação como um antes, não como um depois. Antecipação como depois é bem outra situação.
Mas do código Morse, o que mais pontuar senão o ruído que faz mensagem? Que coisa tão peculiar essa e que parece atrapalhar as idéias sobre a tal comunicação telegráfica que desabilita a fundação-pilar? Que gera descontínuos que fingem o abecedário mas não deixam de se amarrar na ligação do contínuo elétrico que percorre incessantemente os fios de cobre? Gostaria de rever esta relação de irmandade sobre o código, a mensagem e o ruído. Há mais religião nisso do que suponho. Em especial no ruído, que já indica que para uma certa saudade, para o corpo já é tarde demais. Fora mister aprender a acenar o adeus. E isto, esta última frase, foi um excelente trocadilho.

domingo, 10 de maio de 2009

Filosofia numa cacetada só (ou duas, vai). Volume 1 - Giorgio Agamben



(Paul Strathern, filósofo e jornalista inglês - e se não for inglês, dá na mesma - escreveu uma coleçãozinha de apresentação de pensadores ergonômicos da filosofia ocidental. A idéia era elaborar livrinhos cujo título é 'Filosofia em 90 minutos'. Li dois. Em 90 minutos cada um, cronometrado. Afora a bobajada, bateu uma inveja do cronômetro interno do infeliz. Resolvi acelerar a história. Lanço aqui a seleta Filosofia numa cacetada só (ou duas, vai). Muito mais rápido. Filosofia para quem não tem tempo para pensar (sic). Nem eu.)



Vol. 1 - Giorgio Agamben



Na era da técnica o humano emergiu de si-transcendente e se excedeu. E o resto é resto.


É-isto.


Fim.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

M(a/e)u trato com a língua


Foi Luis Fernando Veríssimo. Disse que a gramática é alguém em quem se bate todo dia para que ela saiba quem é que manda. Só avanço no sentido de que a torturo até que responda o que pergunto, diga o que preciso ouvir, leve o processo adiante. Mas não importa. Com esse método cruel - dizem - , estarei errado pois terei errado.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sobre Eugénio de Andrade


Como, por todo o livrinho O peso da sombra, só há versos e passagens em respeito às coisas postas sob o sol. Isto serve para lembrar que peso é o que a balança mede.

Na surdina, o segredo.

Não é preciso uma cena de Alexandre Dumas para retomar os cuidados ardilosos que uma rua parisiense exige, em especial nas conspirações dos mosqueteiros em favor do rei. Para gerar segredo, e que segredo como tal vigore, faz-se aliada a ignorância, inclusive em relação ao tempo. Os mosqueteiros mudam os ponteiros e os movimentos para que o mosqueteiro maior não saiba a que horas tudo veio a se passar, este tudo que foram as estripulias dos 3. Silenciosamente os mesmos 3 elaboram cada um dos cúmplices que formidavelmente serão álibis honrados: não os fazem mentir sua mentira, e na mentira que contam relatam nada mais nada menos que a verdade. "Eram 18 horas e 30 minutos quando estiveram aqui". Secretamente haviam alterado os ângulos dos ponteiros e adiantado os relógios à mão, as três pestes.

Soberba essa invenção do segredo como o sagrado do ambiente público, e da sociedade secreta, a associação de surdina e geradora de códigos, senhas e submundos, tal o veículo privilegiado para estabelecer horários paralelos e presenças alternativas para que cada pequena mentira seja contada para evidenciar a verdade subjacente que é a ordem que liga. Suprema câmara escura da vida privada, coisinha linda do pai do mundo burguês. Boudoir! (não é peculiar que boudoir, assim, exclamado e só, parece um cumprimento?).

Junto a esta invenção veio outra, que é a do infinitesimalmente pequeno do poder, também coisa de burguês (que não tardou em gerar sua fissão pequeno-burguesa, lembrando que o infinitesimal também se gera numa escala evolutiva). Tão pequeno o segredo se fez que por forças as mais sutis e lentamente capilarisadas ocorreu uma primeira reunião microtemporal dos Infinitamente Pequenos da Cabeça, ou Os Menos que Um (em ano ainda desconhecido documentado por Pedro Viadiño), cujo coletivo desmembra a alma em pequenos núcleos gerenciadores da memória, fazendo de cada reunião realizada a portas fechadas e com delicados e cuidadosos códigos de decoro um evento a esquecer para que se pudesse promover os atos de lembrança segundo sua forma acabada de publicidade. Desse espaço público infinitesimal, chamamos de consciência. Há quem chame de ação social. Já eu, eu prefiro deixar um ressoar no outro. Só por conveniência, ou por falta de nome melhor. Já os tempos de reunião dos Infinitamente Pequenos da Cabeça, ou Os Menos que Um, não chamamos pelo nome, e para que agrupemos os detalhes estranhos deixados pelas reuniões, como as camisinhas usadas na lixeira, as fotos nossas cheias de anotações com canetas Pilot e organogramas conectando pirâmides com genitálias, mulheres correndo com lobos, pais e filhos, e macacos depilados vestidos de Britney Spears, chamamos por um nome adequado às lendas urbanas. Chamamos, também por carência e não por opulência, de inconsciente. Mas inominável que é, quando chamamos para depor, o inconsciente não vem. Está fora de jurisdição. E o emissário que por ventura vier, e quando vier, não dirá nada que faça sentido. E quando fizer sentido, logo esqueceremos o que diabos ele disse.

Tudo delicadamente arquitetado. Resta saber por quem.

(nota de tradução: 'resta', traduzido do português, pode significar jazer, o que implica em uma ambigüidade insolúvel quando traduzimos a palavra para o português)

traduzido por Refrator de Curvelo

terça-feira, 24 de março de 2009

Quase nada de front. Quase.


"24/03/2009 - 03h42

Bombeiro se veste de Homem-Aranha e salva criança na Tailândia

Bangcoc, 24 mar (EFE).- Um bombeiro tailandês se vestiu de Homem-Aranha para conseguir que uma criança autista de 8 anos deixasse a varanda de um prédio de onde poderia cair, informou hoje a Polícia.
O incidente ocorreu ontem em uma escola especial de Bangcoc, onde um professor viu que um dos alunos tinha saído pela janela do terceiro andar e que não atendia a seus pedidos para voltar para dentro do prédio.
A mãe da criança contou à Polícia que o menino era um grande fã de super-heróis e, então, um dos bombeiros apareceu fantasiado de Homem-Aranha em uma desesperada tentativa de salvá-lo."Parece incrível, mas a criança se jogou em seus braços assim que o viu", disse o sargento Virat Boonsadao. Boonsadao explicou que o bombeiro guardava uma fantasia de Homem-Aranha em seu armário e que a usava com frequência para tornar mais leves os testes anti-incêndios."

terça-feira, 17 de março de 2009

Pororoca de quem vê

A visão é meio que uma maré.
Mas quando ocorre delas se encontrarem
a maré taca areia nos olhos!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Impiedade de péssimo gosto




Opiário do Xico; Picos, cheiros e papoulas num clima amigável. Oferecemos serviço de anjo da guarda (recomendável). De segunda à sábado. Abrimos na hora da Aleluia.
Praça Caravaggio, Centro, Assis - SP
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Diante o arrebatamento, o que dizer, se é que se diz, que a religião é o ópio do povo? O que fazer do ópio? E o povo? O que fazer com ele? Significaria então que o povo é uma coisa feita, a qual se criticam os ingredientes e o modo de preparo? É assim com o ópio que arrebata.
Mas fico também na espera de algo mais no modelo leninista que, pessoalmente, entendo que só peca ao esconder uma variável que chamo de 'x':
-
"religião _______________ópio
povo_____________________ x"
-
que pela ausência de uma figuração matemática de números inteiros mantenho 'x' como incógnito, a forma forte do problema. Diante a Sociedade Anônima das massas, aposto no contrapeso da Sociedade Secreta, esta clientela dos opiários, que bem entendem em silêncio quase bolchevique os poderes alucinatórios de algo que, catolicamente, deveria permanecer na mão dos mandatários, os mediadores de Deus, os pais do povo, os mestres populistas.
No vigor destes movimentos de maior volúpia, ergo uma taça em brinde. Mas com água, por que sou café pequeno. Fosse da liderança, encerraria o texto com um volumoso gole de absinto, pelo que sinto muito. Não pela braçadeira de capitão, mas pelo delírio alucinógeno das imagens dos alcoóis que após a ensurdecedora algazarra das imagens permite o silêncio profundo de um mergulho surdo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

DIESE-L

post-to isto faz-se agora, já, deposto.
pois depois dessas coisas (DING!),
desses casos naquela spellungka
só o que fazemos
é-isto:

ex-humamos.

E ainda erramos. Merda.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Avec fétichisme d´un type trés fort.


Fez um ornamento coletivo. Digo, arrebanhou um monte. Muita coisa mesmo. Mas não misturou simplesmente, pois isso dá à coisa um ar indistinto, como se tanto fizesse como tanto o fez. Não assim. O que imperava era o sentido de ordem mais abrangente, que levasse muito tempo, muito mesmo, e que sua obra não fosse matéria de efeméride, mas de um calhamaço para se narrar as coisas de forma imprecisa, sem muitos detalhes embora cheio de força e forma e pleno de uma teologia de criações, até que houvesse uma indistinção de fato imperativa: thou shall not know the difference between creator and creature, contrário ao qual tudo o mais que se fizesse fosse um pecado sem volta. Kapital. Valeria a mensagem portenha de que “o universo foi inventado antigo”, o que anula as forças centrais da dramaturgia dos demiurgos, permitindo união de natureza cuja força enfim exterminaria com tudo que fosse específico, dada a conversão das coisas entre si como coisas que são. Tutti pigmalione.
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1)
Três porquinhos nadam incontestes
na trama furiosa deste sábado
viscoso.
Rodeando alegres vêem e ouvem
o que houve com
o peru, nhô Dirceu e seu machado:
"O Poderoso" - escrito no cabo.
Nesgas à parte, nas partes já destacadas de peru,
ou do peru,
impõe-se:
Diante a fome e o pavor
todo o fetichismo é, desde já, justificável.
Basta ler no cutelo
pendurado
na parade do abatedouro:
"Lobo Mau".

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Poliglósis desonesta de Juan

Creo que voy cambiarme en profesional
y cambiar también de rostro
u tantear por ningún.

Miré Juan.
Chiquito y guapo
trajando como quién bien se quiere

(como se hay dicho otrora)
un cadáver.

Pero estamos en crisis de espacio urbano.

Andate (o cadáver Juan) que hay trabajo para ti.

Pensez, si vous plaît.
Tous les morts marchent commes nous.

(Comme nous?)

Comme nous.

Dommage! C´est fatiguent! Et cette fatigue est tuent moi.

(Juan fala e escreve francês muy mal e usa terno. Fala e se vê, ao mesmo tempo, em terceira pessoa, quando está morto definitivamente.)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Dito e feito
dito é feito
dito efeito
ou
de defeito.

Tanto faz.

É do mesmo jeito.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009