terça-feira, 2 de junho de 2009

Grande susto, caro romântico

Na verdade, quase uma epifania.


Nenhum hegeliano poderia imaginar, por mais poesia que tivesse! Ainda mais, e que susto levariam os românticos, os dignatários da religião da natureza, ou mesmo Shaftesbury, ao descobrirem que uma terra em grande parte tropical, devotada à volúpia das índias nuas, 500 anos depois, viria a ter ministérios e secretarias de transporte! Entenderiam mal, muito mal. Haveriam murmúrios, libelos, desmaios, salpicados talvez por uma idéia de necessidade civilizatória em pitadas. Assim como faria pouco sentido o que ouviriam nos haveres dos apelos e políticas para o transporte coletivo alternativo. Fico imaginando o horário oficial para o desmaio com tons histéricos e seus aparelhos públicos assim como os horários alternativos para aqueles que, por questões da política de populações, por prestarem socorro aos desmaios oficiais, só poderem sofrer transporte logo mais, ou às 14 ou às 21 horas.


Sintomático é que o parágrafo acima já quase não faz sentido. E se o faz é para internação, e não internalização.


É, Hegel... Nosso Estado de coisas.

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