O que se escreve, especialmente o que resta da relação carnal, é feito em silêncio. E se há filiação, se a carne treme quieta e quase anônima, é neste gesto que o resíduo flui de forma comprometedora, permitindo reconhecer não somente a bastardia, mas a evidência de que por escrito, só as relações bastardas são definitivas. Geertz e Cavell, Leach e Lang, Freyre e Nietzsche, Benjamim e Schmitt; dois exemplos de coisas que passeiam no silêncio e que, se jogo no colo de gente brilhante, por aí, com um bilhete com a demanda “DISSERTE”, o silêncio é jogado de volta, manifestando outra bastardia, essa mais difícil de confessar, e que também diz respeito a algo como a amizade, ainda que inconfessável.