segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Esporo

"Tenho que. É mais ou menos isto. Tenho que."



No que se abaixou imediatamente, agaixado com vistas em entrar no armarinho debaixo da pia que, úmido e mofado fazia de sua entrada um ato emergente. Emergente. Um ciclo cujas forças promotoras fazem aparecer algo, precipitação, emergência, e ele lá embaixo entulhando as narinas com detalhes e empoeirados da cultura de fungos que se fazia. Entrou no exato momento em que a cultura fazia um ritual, festivo e cheio de odores já mencionados.






Permaneceram tempo demais sem contato, e o intruso veio para romper com a homeostase; coisas da emergência. Entrou no ciclo e as raspas de odor que lhe adentram pela narinas fizeram do ciclo ritual funghi uma alteração significativa, e o que fora somente comunicação sem resposta se transformou em resposta imediata. Mal sabiam que da interrupção da escuridão e do movimento celeste que precipitou em momento gigante culminaria em sua dissolução corrosiva e dolorosa. Cloro.

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