Não queira saber do mal que faz
o mal-estar em querer
e em querer saber o mal que é
querer saber do mal
que é o que é querer
e então
querer saber.
Porque querer, e querer tanto
que faça moinho a moenda da carne
é o afastamento.
Dotado.
Muito bem dotado,
o dote das distâncias mais largas,
as que conjugam - retas paralelas -
de forma que toda relação venha a ser
sempre
uma outra coisa que não o que logo é.
E adia.
Eis o abuso do sacrifício
a desfaçatez do genocídio encarnado
o Império de logo mais
o adiamento,
a vontade que existe pelo hiato
cuja promessa é a perenidade da esperança
que todavia nego.
Porque, seja o que for,
- doing is being -
o que é é o que há.
Querer é foder.