Paramos,
então. Não por um minuto de silêncio em respeito à memória de ninguém. Não
porque estamos correndo de uma viatura policial que apareceu enquanto fazíamos
uma zoada pelo bairro. Não porque ouvimos alguém gritar conosco enquanto,
vestido de uniforme, apontava uma pistola em nossa direção. Estamos de costas,
não sabemos do que se trata, ainda não nos viramos e a cena, para que tenha
poder, está carregada de suspense. Ainda não sabemos do que se trata. Ao não
sabermos do que se trata, no entanto, temos desenvolvido o ato de reflexo de
parar. E paramos. Em nome da lei. A paralisia movida pela autoridade de uma voz
que se levanta na paisagem informa uma série de coisas que nos orienta. Nossa
orientação básica, a de pararmos em nome da lei, sugere num sussurro
verdadeiramente inaudível que estamos sujeitos àquilo em nome de quê age a voz
que emite o comando de pararmos. Esta voz que grita é, por sua vez, um
representante da lei que não vimos ainda, mas que se proclama como tal. Afinal,
se a voz grita em nome da lei, é como seu representante que age. Não sabemos se
ela, a voz, é uma representante legítimo, se a reconheceremos, uma vez
identificada, como representante da lei. Afinal, é só uma voz - tudo aquilo que
a lei não é, mas sem a qual a lei não pode ser. A única coisa que sabemos é que
neste momento, em que uma voz emite o comando para que paremos de fazer o que
estamos fazendo em nome da lei, corremos um risco. No caso, de desobedecermos a
lei que, todavia, não sabemos qual é. O comando não diz qual lei representa,
então induzimos que é A Lei, toda a lei, que está sendo representada por aquele
que nos fala. Não sabemos quem é e tampouco refletimos sobre como isso seria
possível, como é que alguém poderia representar todas as leis como se fosse
somente uma, A Lei. E no entanto, numa relação que transformou o risco em ato
reflexo, paramos. Não queremos correr o risco de que seja, mesmo, A Lei. Porque
se for, entraremos em confronto com uma autoridade, isto é, alguém que age como
representante da lei, alguém que age em nome da lei. E assim, paramos. Ao
pararmos nem nos damos conta de que tomamos uma decisão, de que interrompemos
um movimento, que cortamos uma frase que dizíamos, que paramos coma zoada; simplesmente paramos. E ao pararmos,
agimos. Em nome da lei. E isso nos faz, imediatamente, também representantes da
mesma lei em nome da qual alguém vociferava um segundo antes. E, no entanto,
agir em nome da lei não diminui o risco da desobediência.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
11 de setembro
Antes do meio-dia; fotografia de Curvelano |
Bem sei que prenderam gente, que foi o povo de cinza, coturno e borracha. E mesmo que é um dia 11, mais uma vez, em setembro - setembristas. Mas o calendário mesmo é
Janeiro sim
Janeiro não.
Hoje é
janeiro não.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
Considerações sobre o Estado teatro: lições de Clifford Geertz
Existem muitas coisas que me incomodam ao recorrer ao expediente da história da antropologia
como se bastasse que ela se convertesse em crítica cultural para que pudesse se
desfazer das dificuldades que lhe dão forma. Isto porque, por se tratar de uma
atividade científica, e mesmo que não seja necessariamente ciência, a
antropologia como fruto de pesquisas de campo é, como o são as etologias, uma
disciplina cujo objeto privilegiado é o da comunicação. Obviamente que a
atividade comunicativa é determinante para a configuração da República das
Letras e suas línguas francas, seu sistema de correspondências e publicações e
a atividade, em franco declínio, da verificação de procedimentos laboratoriais.
No entanto, para além da comunicação pública que é característica da publicação
de resultados, as pesquisas em humanidades têm como ponto de partida a
atividade comunicativa fazendo com que uma infindável cadeia pragmática e uma
sucessão de círculos hermenêuticos (sujeitos determinando objetos determinando
sujeitos determinando objetos...) faça parte de seus percalços epistemológicos. Dito de outra forma, não é sem enormes dificuldades que uma
pesquisa em que é a própria vida vivida lhe serve de tema. Sua introdução no seio da pesquisa
científica lhe oferece uma profundidade permanente garantida por um ponto de fuga afiançado pela presença, dimensão esta que sequer a introdução dos instrumentos de medição
antropométrico e as pesquisas em genética conseguiram dirimir. Assim, antes de
adentrarmos em alguns outros exemplos em que o poder se apresenta como
enunciado nas tramas da descrição objetiva e da observação etnográfica - plano
em que a chamada crítica pós-moderna se estabelece - convém explorar, ainda que
brevemente, alguns dos itinerários possíveis pelos quais esta questão se
estabelece. Para tal convém percorrer algumas questões postas por Clifford
Geertz a respeito do problema da autoria em antropologia e alguns de seus
desdobramentos.
A epígrafe de Local knowldge, livro de 1983 (1999)
traz uma passagem do Sur le fils
naturel de Denis Diderot em que o mesmo discute a
emergência do gênero sério como
instituição do drama burguês[1].
Este gênero teatral combinaria elementos da tragédia, se necessário, fazendo com
que o herói entre em conflito com as virtudes e a estrutura do cosmos e a ordem
das paixões sem no entanto excita-las; ao mesmo tempo, em uma mesma peça, o ridículo e o elenco da falhas
humanas também dão as caras sem com isso ter como propósito fazer rir. Esta
imersão do drama na vida comum é o gênero
sério. Não seria surpresa dizer que, no final das contas, Clifford Geertz
está dizendo que devemos encarar a bibliografia produzida pela antropologia, em
grande parte sendo produção etnográfica, como um gênero sério.
Nem tragédia, nem comédia. Nem reflexão só-teórica, o que seria uma tragédia,
nem a ingenuidade de que a empiria, que a pesquisa de campo, resolveria todos os
problemas do pesquisador, o que é cômico ainda que raramente seja algo engraçado. No limite, é na elaboração da cena entre o estar lá da pesquisa de campo e do estar aqui da elaboração daquilo que um antropólogo efetivamente
faz - he writes down[2]
como etnógrafo e write up como membro
de sua comunidade científica (Geertz, 1973:19-20). A afirmação de que antes de
mais nada o antropólogo escreve - e só - teve um efeito similar ao de um outro
elemento teatral, no caso, da aparente surpresa de M. Jourdain, o burguês
fidalgo de Molière, de que Há mais de quarenta anos
que faço prosa sem o saber! Fico-lhe muitíssimo agradecido por me haver
ensinado isso, diz o mesmo Jourdain ao Mestre de Filosofia para logo em
seguida ditar suas intenções para uma carta de amor para a Bela Marquesa, para
quem quer dizer que seus olhos me fazem
morrer de amor, mas escrito de outro jeito, de modo galante, com elegância.
O diálogo com o Mestre da Filosofia é cheio de ensinamentos, especialmente com
relação àqueles que Jourdain já sabia sem tê-los estudado.
No entanto, esta comédia
de costumes não acontece por mero capricho ou por simples despreparo. A
etnografia como gênero sério reflete uma mudança nas relações de força e poder
que fazem com que a tranquilidade com que pesquisadores como Malinowski,
Evans-Pritchard, Lévi-Strauss e Ruth Benedict escreveram não seja mais
possível. Isto se dá porque a relação entre quem escreve e quem lê, a função
autor e a recepção mudou drasticamente, oferecendo ao pesquisador embaraços que
seus antecessores jamais sonharam que teriam. Especialmente porque não foram
poucos os que apostaram as fichas na extinção das populações que por ventura
tivessem estudado. O contexto moral do
ato etnográfico não é mais o mesmo assim como não são os mesmos os
compromissos assumidos pela pesquisa de campo. O pressuposto da alteridade como
afastamento geográfico-linguístico-tecnológico
se desfez fazendo com que então viessem a se manifestar das mais diversas
formas.
Nada do esfacelamento da
distância logística e infra-estrutural acaba necessariamente com o conteúdo de
determinadas afirmações, métodos e descrições produzidas nas monografias
consideradas clássicas - lembrando que salvo raras exceções, a lista é bastante
polêmica[3].
Ao mesmo tempo este novo contexto moral não faz com que monografias antigas
tornem-se obsoletas ou simplesmente rejeitáveis por se utilizar de expedientes
que a média dos pesquisadores não consideraria adequada - inadequação que
perpassa os métodos de pesquisa de campo, o vocabulário utilizado e mesmo a
anuência daqueles que figuram como personagens da prosa etnográfica e seus
diversos modelos; implícitos e explícitos.
"Essa confusão entre objeto e público, como
se Gibbson de repente se descobrisse com um público leitor romano, ou se
M.Homais publicasse ensaios sobre "A descrição da vida provinciana em Madame Bovary" em La Revue des Deux Mondes, deixa os
antropólogos contemporâneos numa certa insegurança quanto ao objetivo da
retórica. Quem deve ser convencido hoje em dia: os africanistas ou os
africanos? Os americanistas ou os índios norte-americanos? Os nipologistas ou
os japoneses? E convencidos de quê: da exatidão dos fatos? Do alcance teórico?
Da apreensão imaginativa? Da profundeza moral? É bem fácil responder
"Todas as alternativas acima", porém não é fácil produzir um texto
que assim o faça."(Geertz, 2002:174).
Sem dúvida que a reunião
desses fatores põe em relevo algo muito importante que é a alteração do
público das monografias escritas por antropólogos e, assim, da mudança das
estratégias, recursos e limites de afirmação de suas pesquisas. É nesse sentido
que o gênero sério é lido como blurred genres, ou gêneros literários
borrados. Porque a banca de avaliação não é mais somente, e por vezes não é
necessariamente, a leitora daquilo que se escreve assim como os pares não são
necessariamente os principais receptores de um artigo. Uma vez que públicos que
outrora estavam afastados se aproximam com força e velocidade, é razoável
intuir que o mesmo se dê com os métodos de registro e os meios de reflexão
pelos quais a pesquisa produz seus artefatos. No final das contas a produção
etnográfica, especialmente no que tange a relação entre o antropólogo e seu
público, é compreendida como um processo descritível como interacionismo simbólico em
que ágora e theatron parecem ser fundamentalmente indistintos - o que é tão
sugestivo quanto suspeito vindo da parte de alguém que escreveu sobre o
Estado-teatro balinês (1991)[4].
Convém compreender no entanto que esta sugestão, a de
que ágora e teatro margeiam a indistinção, é uma proposição irônica, ao invés
de cínica. Afinal, os riscos de estar entre lá e cá, afirma Geertz (2002),
valem a pena. Ainda que seja possível questionar severamente se voltar para cá é o melhor desdobramento
para a prosa etnográfica, como o faz Eduardo Viveiros de Castro, por
exemplo; ou mesmo convém voltar a passagem supracitada e perguntar, sem
vacilar, quem são os antropólogos
contemporâneos da afirmação de Geertz, coisa que o fazem Johannes Fabian e Roy Wagner; ainda que tudo isto esteja em questão, a
problematização da figura ou da função autoral não é simplesmente irrelevante. Mas para isso, estamos desde já avisados, a segurança da
etnografia como gênero literário/editorial/científico não está garantida porque nosso público nos espreita logo ali, na sala de aula, batendo na nossa porta na permanente margem incômoda da presença que até não muito tempo era a arma exclusiva do pesquisador.
Balinese Cockfight, Alred Palmer (1949) |
[1] "Pergunto-me
sobre qual gênero é esta peça. É do gênero cômico? ainda que não diga nada de
engraçado. É do gênero trágico? o terror, a comiseração e as outras grandes
paixões não são absolutamente excitadas. No entanto, há o interesse que
persistirá sem o ridículo que faça rir, sem o frêmito causado pelo perigo, em
cada composição dramática onde o assunto seja importante, onde o poeta tomará o
tom apropriado para as questões mais sérias, e onde a ação se desenrola pela
perplexidade e pela trama. Ora, parece-me que tais ações, sendo as mais comuns
à vida, o gênero que lhes terá por objeto deve ser o mais útil e extenso, que
chamarei de gênero sério."
[2] Um dos exemplos mais formidáveis que conheço de write it down, isto é, de registrar no
papel se encontra no anexos mitológico da etnografia de Pedro Agostinho sobre o
ritual alto-xinguano do kwarìp
(1974). Trata-se do mito que narra a rixa dos irmãos Kanaratì e Kanarawarì.
Kanarawarì, que cagava perto do rio, ouviu Kanaratì arrancar uma flor de moitse'e(n) e a comparou com a 'aquela
coisa' da esposa de seu irmão. Kanarawarì ouviu a comparação indecorosa, pegou
um exemplar da flor e levou-a para a esposa a fim de verificar a informação
que, por fim, se confirmou. Por causa disso Kanarawarì passa os dias seguintes
colocando seu irmãos nas mais difíceis provações sem nunca revelar suas
intenções, que seriam concretizadas não fosse a intervenção, também diária do
avô. Em uma das provações Kanaratì sobe até o ninho de um gavião, onde ficou
por quatro dias: "Aí o Irìvu [urubu] veio, veio, veio, chegou
perto dele e disse: "Oi, você tá aí? Eu soube que seu irmão está sempre
com raiva de você." Era só um urubu, velho, mulher. Desceu e parou:
"Espere aí um pouquinho, vou apanhar meu marido. Foi lá, trouxe sal, pimenta,
água para eles beberem, para comerem ratos, os Urubus. Aí Kanaratì ficou chamando:
"Por aqui, por aqui, por aqui". O urubu disse: "Ouço sempre
dizer que seu irmão está com raiva de você". Aí o rapaz bebeu água, tomou
banho e quando acabou, o Urubu comeu o rato podre; para comer o rato, tinha
levado pimenta e sal. Aí disseram: "Agora você monta em cima da gente, não
olha para baixo, nem se mexe, senão não volta mais. Você tem que ficar quieto". Monto. "Não abra os olhos, feche bem fechados,
senão você fica com medo". Foi devagar, foi devagar, até que chegou lá no
céu. Aí entrou lá e ele desceu: "Espera aí. Tem de descer com calma."
Porque o Urubu tinha esporão grande na asa, se espetava o rapaz, matava-o. (O esporão era do tamanho dessa caneta.)"
(Agostinho, 1974:197-198, grifo meu)
[3] Em uma Reunião Equatoriana de Antropologia da qual
participei em 2010 eu conversava com um estudante da Universidade Federal de
Roraima, em Boa Vista. de quem não perguntei o nome. Após um Grupo de Trabalho
que discutia a história da etnologia alemã com a s ausências de Erwin Frank e
de Marco Antônio Gonçalves - o primeiro então falecido -, vim a conversar com
um também aluno de pós-graduação. Enquanto eu fazia doutorado na Unicamp, ele
fazia mestrado na UFRR. Enquanto eu era mineiro, ele era makuxi. Discutíamos a
má formação que tínhamos no que tangia o domínio da bibliografia clássica e de
como as aulas na graduação não conseguiam dar conta deste universo. Após
concordarmos a respeito disso meu colega listou os nomes que nos faltavam
enquanto eu pensava em Radcliffe-Brown, Edmund Leach, Maurice Leenhardt. Seus
nomes eram Theodor Koch-Grünberg, Curt Unkel Nimuendaju, Max Schmidt. Nunca
apresentei os nomes que eu tinha em mente e ainda não sei se fiz bem.
[4] Não é à toa que Works
and lives (Geertz, 2002) é dedicado
a Kenneth Burke, uma das figuras maiores da tropologia norte-americana cujas
reflexões sobre retórica e forma literária são muito pouco apreciadas pelo
público brasileiro, gozando de somente uma tradução de 1979. Ainda assim, é
interessante notar o desprezo local por um pesquisador tão dedicado à
eloqüência literária como forma de condução do público leitor. No ensaio Psicologia e forma, ao introduzir
longamente a cena em que Hamlet se confronta com o fantasma do pai, urdida e
antecipada com enorme cuidado por William Shakespeare, Burke anota: "Demorei-me um pouco nesta cena porque ela
ilustra de modo perfeito a relação entre psicologia e forma, e indica de
maneira muito hábil como uma deve ser definida em termos da outra. Vale dizer,
a psicologia, no caso, não é a psicologia do herói, mas a psicologia do público.
E, por via dessa distinção, a forma seria a psicologia do público. Ou, vista de
outro ângulo, a forma é a criação de um desejo ou anseio (appetite) na mente do ouvinte e a satisfação adequada desse anseio.
Tal satisfação - tão complicado é o mecanismo humano - envolve, às vezes, um
conjunto temporário de frustrações, mas, ao fim, essas frustrações demonstram
ser, simplesmente, um tipo mais complexo de satisfação, e, além disso, servem
para tornar mais intensa a satisfação do cumprimento (fullfilment). Se, numa obra de arte, o poeta diz algo, por exemplo,
acerca de um encontro; se escreve de tal maneira que desejamos assistir a esse
encontro, e depois, nos põe tal encontro diante dos olhos - isso é forma. Do
mesmo passo, obviamente, é também a psicologia do público, porquanto envolve
desejos e sua satisfação." (Burke, 1979:45)
Bibliografia
AGOSTINHO,
Pedro. Kwarìp: mito e ritual no Alto
Xingu. E.P.U./EdUSP. São
Paulo.1974.
BURKE,
Kenneth. Teoria da forma literária.
Cultrix. São Paulo.1979.
GEERTZ, Clifford.
The interpretation of cultures. Basic
Books. Nova York. 1973.
_______________. Negara: o Estado teatro no século XIX. Bertrand Brasil/Difel.
Rio de Janeiro/Lisboa.1991 [1980].
________________O saber local: novos ensaios de antropologia
interpretativa.
Vozes. Petrópolis. [1983]1997.
________________Obras e vidas: o antropólogo como autor.
UFRJ. Rio de Janeiro. [1988]
2002.
sábado, 20 de fevereiro de 2016
VIDA TORTUGA ESTIMADA
Alimentou-me com hortaliças
anos a fio
para lhes apressar a morte e,
sadicamente,
adiar a minha.
anos a fio
para lhes apressar a morte e,
sadicamente,
adiar a minha.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
O dado em massa
Eu vi um sapo em massa
escondido em meio ao orégano
que plantamos num dos três pneus deitados
ao redor de uma pilastra de eucalipto
recheados com terra vegetal.
Quase quatro décadas depois,
antevéspera do seis
de reis,
do natal ortodoxo,
do natal ortodoxo,
e ainda assim é o acaso do sapo
que o tamanho equivale ao meu joelho
dobrado,
é o encontro num susto,
que faz
minha surpresa de aniversário
- aquela que goza
de alguma intimidade -
e desapareceu
tão boa quanto antes.
desfeita no ocaso
tão rápido
quanto potente.
a sapiência não permite a captura
orquestrada pela mera
formalidade.
formalidade.
Postado por
Refrator de Curvelo (na foto do perfilado, restos da reunião dos Menos que Um)
às
05:39
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