Passei os últimos meses tossindo. Muito. Um pouco de sangue vez por outra, do que se seguiu um cisto atrás da orelha direita e problemas severos de disposição e sono. Fui ao hospital devido ao mal estar, já com muita febre e quase sem conseguir falar. Estou, por fim, desenganado. Estou pior que canceroso. Mal me ponho de pé, o que em casos mais urgentes, como usufruto do banheiro, vou quase de quatro. Envio a vós o raio-x de minha condição, meu adeus. Não sei o que será de mim.
sábado, 20 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
é que parece engajamento
... parar enquanto fora hora de passar, seguir e então sento e cruzo as pernas, tiro a mochila das costas e escolho os motivos de parar, cruzar as pernas e carregar mochila para qualquer lugar, que eu não levo sanduíche, eu levo livros e sempre me pergunto se alguém se pergunta o que é que eu estou fazendo, mas sei que não é assim, que sou eu quem está passando ao lado de quem se sentou ao chão e que eu é que quero torcer o pescoço, ler o título identificar a edição e lembrar do tradutor daquele livraço, e não, não é livraço, é um livro de merda, e mal traduzido, e fico feliz que eu esteja carregando meus livros, e eu levo muitos para poder escolher, e pego este livro tão bem acabadinho, de fazer inveja, tão boa tradução, pouco comentada, e ninguém sabe o que se passa entre nós, ninguém pergunta, e estamos batendo de pau mole na cara de todo mundo, exibindo aqui o segredo mais bem guradado que há que continua o mais bem guardado do mundo, especialmente depois da Revolução Francesa que ensinou todo mundo a ler, ficou muito fácil transar em público no meio da multidão, porque é muito difícil se perguntar como crescem as flores se o jardim é caminho pro serviço.
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Refrator de Curvelo (na foto do perfilado, restos da reunião dos Menos que Um)
às
19:59
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Acídia
domingo, 7 de junho de 2009
terça-feira, 2 de junho de 2009
Grande susto, caro romântico
Na verdade, quase uma epifania.
Nenhum hegeliano poderia imaginar, por mais poesia que tivesse! Ainda mais, e que susto levariam os românticos, os dignatários da religião da natureza, ou mesmo Shaftesbury, ao descobrirem que uma terra em grande parte tropical, devotada à volúpia das índias nuas, 500 anos depois, viria a ter ministérios e secretarias de transporte! Entenderiam mal, muito mal. Haveriam murmúrios, libelos, desmaios, salpicados talvez por uma idéia de necessidade civilizatória em pitadas. Assim como faria pouco sentido o que ouviriam nos haveres dos apelos e políticas para o transporte coletivo alternativo. Fico imaginando o horário oficial para o desmaio com tons histéricos e seus aparelhos públicos assim como os horários alternativos para aqueles que, por questões da política de populações, por prestarem socorro aos desmaios oficiais, só poderem sofrer transporte logo mais, ou às 14 ou às 21 horas.
Sintomático é que o parágrafo acima já quase não faz sentido. E se o faz é para internação, e não internalização.
É, Hegel... Nosso Estado de coisas.
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