domingo, 25 de abril de 2010

Professor Miagi ensina

que à distância os amigos ficam de fato distantes.

E que o luto é um verbo que se conjuga no presente, com luta, no imperativo.

E que quando solidários, num espirro viramos gotículas em looping.




E que ensinam que o melhor de tudo é que não vai melhorar;

e que se diga isso assim, nesta hora em que a hora for exata, na forma de pilhéria, é por fim diagnóstico e auto-medicação.

E me lembro com alívio de que só ouvi da incrível melhora do mal sem-fim, que mal tem fim e já se imprime com as cores roxas das varizes e hematomas. Ouvi e nada disse.

Dissera eu e então seria outro num trajeto difícil. Mas não.



Enfim, estou pensando nesse tipo de merda que a idade ensina, idade insana.

2 comentários:

Victor disse...

Eu iria dizer "belas palavras, meu caro"... mas, acho q vale a pena dizer "duras (e por que não?) belas palavras".
A pancada do aprendizado me lembra a pedagogia do skate... vc só nao cai mais da mesma forma, porque a dor fica registrada no corpo e na alma ao ver aquele impávido obstáculo de concreto. E, sabemos que, a despeito de todas as precauções, cairemos de novo... mesmo assim, perseguimos a manobra plasticamente perfeita que, de alguma forma, está obcecada em harmonizar-se com o obstáculo hostil...
Luta inútil; porém luto contínuo e em movimento...
Perdoe-me a pobreza da comparação, amigo... mas a vida está mais próxima do chão, e, de slide em slide, vou tentando controlar a velocidade do tombo por vir...

Abraço!

Refrator de Curvelo (na foto do perfilado, restos da reunião dos Menos que Um) disse...

Escrevi para nós todos. E ponto.