terça-feira, 30 de agosto de 2011

Volksgeist como método e ética

Estou lendo artigos de Matti Bunzl sobre a tradição humboldtiana e sua convergência para a etnologia alemã e, após, sua absorção pelo Nimuendaju que foi para New York, também conhecido como Franz Boas. Estou surpreso com o tamanho do empreendimento dos alemães do XIX, do papel que teve a etnologia após a fundação da Universidade de Berlim, como formaram um quadro significativo de etnógrafos e geógrafos (dividiam a formação e uma série de outras coisas) antes de existir uma cadeira de antropologia em qualquer outro país considerado central para a história da disciplina, e como os caras saíram de cena logo após um período de fertilidade ímpar. O peculiar é que, ao invés da marca franco-britânica de fazer pesquisa da forma cômoda ao viajarem para as colônias e fumar cachimbo da paz, os alemães fizeram trabalhos em lugares cuja influência colonial alemã era zero, como Roraima, Xingu, Alto Rio Negro, Chaco Paraguayo e País Basco, por exemplo.
Vai entender; ou, aí tem história. Com ênfase.






(STOCKING JR., George (ed); Volksgeist as method and ethic: essays on boasian ethnography ans the German Anthropological Tradition. 1996 - o artigo de Matti Bunzl disserta sobre a tradição fundada pelos irmãos Humboldt e é precedido pelo artigo de Boas em defesa da geografia como atividade cosmográfica.)

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