Dois dedos, e parece ser uma dose.
A sete palmos seria o fim. Em nove meses se trata de um começo; conturbado, desabrido e equivocado.
Em quatro tempos, resolvido. Noves fora, nada.
Ao fundo, na mesma sala há quem
grite ser uma imposição, um sistema de regras, um modelo imposto, uma chave
repressiva. Sigo com giz no rosto e nos cueiros dizendo algo sobre a arte
combinatória, sobre a dificuldade de lembrar e digo que, assim como insistiu
Johnathan Franzen, a memória é a forma do esquecimento e, por isso, é o que
resta. O bigode roça nos lábios e narina, vívido e teimoso, corroendo a fala,
como que por um filtro. Há insistência, ao fundo, de que é uma regra, a numeração
imposta, o jogo de medidas. Pelo visto, não combinamos desde o começo das
aulas. A coisa não anda, ele não vem, eu não prossigo. Cansado de magistério,
azedume do tempo, nove anos. Nada.
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