terça-feira, 31 de maio de 2011

Direitos Autorais e Reserva Criativa em Debate







Em geral, são auto-anunciadas como quase alguma outra coisa. Dão as caras, oferecem-se de corpo inteiro como algo que não lhes define inteiramente, e que, logo mais, podem atingir o ápice de quase ter sido o que de outra forma, não seria possível. Contudo, há graus de realização da arte da cover band. É possível fazer um cover insultante e pretensioso que promove releituras que mais dissolvem do que remetem. Há covers incômodos que não conseguem praticar aquele solo em particular – como BasketHead já o fizera como guitarrista do Guns´n´Roses num show em que, surpreendentemente, Guns´n´Roses soava como cover de si mesmo. Outro foi o evento vexatório quando, em 1992, percebeu-se que New Kids on the Block era uma banda que não fazia senão mera alusão do que poderia ter sido. E por fim, aquilo que é o paradigma negativo da história, Milli & Vanilli, que devolveram um Grammy porque, de fato, ao se apresentarem não eram senão a banda cover de Milly and Vannily.








Dos diversos graus em que é possível praticar a falsificação da própria presença, a hipocrisia atinge novos planos quando o ilusionismo participa do evento. Imitar a voz, convidar o resto da banda e fazer as vezes do original até ser tarde demais. Veremos, surpresos, Crosby, Nash & Young cantando Miley Cyrus e seu clássico Party in the USA.

http://stereogum.com/714621/crosby-nash-young-jimmy-fallon-cover-party-in-the-usa/video/

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