O Refrator, se pudesse,
dizia não à respiração
Mas, como não há jeito,
de cara azeda, ele prescinde do limão
E dá a língua pro Bourdieu,
as costas pro nosso passado anão
Come farinha de Euclydes El Corno com Machado,
deixaria até Drummond morrer sem pão
Das chamas do apocalipse só salvaria
Sua mulher, dois amigos, Vian, Django, um cão
(quase chorei com a homenagem. Lindo, caro AM. Lindo. Mas Euclydes El Corno é duca. Não entendi sua presença na fila. Questão de métrica?)
13 comentários:
Não foi timidez, foi vergonha mesmo. Ficou mais bonito apagado. Pra não manchar a reputação do lugar.
Que bons amigos tem você. Denunciam sua carga literária para te descrever, bacana.
Vai colar lá no lugar do perfil?
Só pra contrariar, aposto que não...
A cara azeda é bem a imagem que eu tenho sua, com todo o respeito e admiração.
Abraço,
Michelle
(louvor ao freelancer? não leu meu texto direito! tava passando com pressa?)
Não foi pressa. Foi uma caricatura. Mas vê bem, lendo com menos generosidade - que é quando o leitor se importa com o que se pasa - e me diga se não há uma superlativação do bom-futuro na crise que, diga-se de passagem, é a tônica da vida na sociedade de mercado moderna.
Fé no futuro e modernidade é uma combinação que sempre acaba em genocídio.
Quando estivermos ao vivo, tomando umas cangibrinas, fuçamos essa idéia.
(e vergonha, querida, é sinal de caráter. Parabéns.)
[se quiser mando a tradução pra ti. mas aqui estraga minha fama de mal. find me at facebook.]
Não quero a tradução.
O leitor que lê com menos generosidade é o melhor, está em extinção. Portanto, agradeço.
Informática, internet já não é mais modernidade, só realidade. Por isso, não haverá extermínio nenhum, deixe de ser apocalíptico.
Olha, peço um help... É que me deu na telha de escrever sobre privacidade. O motivo? Vários. Além de ter um cara jornalista pros lados de cá (Miguel de Sousa Tavares) - tem fama de cara azeda, deve ser que nem a sua - que eu aprecio e que vive falando na defesa da dele. Nem Facebook ele tem.
O tema é passível de publicação, tendo em vista a displicência das pessoas em relação às informações que publicam na Internet. E o voyeurismo como mania nacional (BBB 1, 2, 3, 4, ...), daí, não daqui. Mas como é daí que vim... Enfim.
Levando em consideração o seu perfil lastimável (talvez agora nem tanto, se você colar os versinhos carinhosos lá), penso que deveriam haver mais perfis como o seu. Pouco simpáticos, só que menos exibicionistas.
Levando em consideração seu sarcasmo e costumeira leitura pouco generosa, acredito na sua resposta elucidativa para me ajudar a desenrolar o tema.
É favor, meu caro amigo, reponder-me a questão: o que a privacidade significa pra você? Por quê?
Tudo bem, pode embutir as piadinhas na resposta, já tô acostumada. A resposta em si é o que interessa.
O que preciso mesmo é organizar minhas ideias diante da importância da privacidade, para ver se jogo a merda no ventilador pra todo mundo ser obrigado a cheirar.
Obrigada pela colaboração, se possível.
Até,
Michelle
Amigo, o Euclydes é enigmático pra mim tb, mas uma vez mencionado sua pouco interessante mas efetivamente trágica cornura solicita menção. :)
Um pouco mais a sério, talvez ele tenha aparecido porque outro dia estava pensando na viagem dele aos Purus e pensei em vc, por pensar que aquela época é, tb, a sua. Ou mais ou menos, pois é a minha tb. :)
Privacidade? O que significa pra mim? Não digo. É privado.
(era isso que você esperava? Se não, vide meu volume de Filosofia em uma Cacetada Só, ou Duas Vai, sobre Bruno Latour. No blog meu mais perto de você.)
Sobre genocídio: quantos desde os anos 50 do século XX até agora? Sabe fazer a conta, ou se dá pra procurar? Morte de gentes?
Não achei sobre Bruno Latour.
Por que é que, de vez em quando, você não age como uma pessoa normal e simplesmente me repassa um link?
Não exija muito das minha capacidades mentais, sou diferente de você.
http://docurvelano.blogspot.com/2009/11/filosofia-numa-cacetada-so-ou-duas-vai.html
E se quer uma entrevista, já dei. Está num desses sites de relacionamento com nome marroquino, numa comunidade de antropologia social.
Repassado o link eu me pergunto: você está empenhada em acabar com a minha fama de mal? Justo agora que ela está prestes a pagar minhas contas?
Hum... Nada novo por aqui... o arraiá foi animado, hein?
Corpo... água... encontro... Sei não, tá parecendo mais isso.
O que escrevi tem um sentido só. Já o que você escreve, infinitos.
Corpo: uma extensão no espaço. Qualquer quantidade discreta de matéria, ainda que fenomenólogos de então estejam divulgando a arte como agência de objetos. Felizmente, um corpo não é o mesmo que um objeto. Só isso, exatamente como grãos de chá.
Já o arraiá foi fogo na jaca. Boa parte das melhores pessoas que conheço envolvidas num festejo só: vó, esposa, irmãos, amigos, desconhecidos. Faltou gente, mas sempre falta. Por exemplo, Django, AM e Boris Vian.
(o que eu escrevo, Michelle, não faz sentido algum. É pura trucagem, do tipo Monga, a Mulher-Gorila.)
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